A História de Ferdinando

Já vos falei desta história aqui no blogue. O livro, da Kalandraka é maravilhoso, um dos meus preferidos das prateleiras cá de casa.

Em Dezembro, esta obra ganhará nova vida no cinema. Se não fosse pelo calor que já se vai sentindo e pelas saudades que tenho de dar uns belos mergulhos nos mar, estaria já a ansiar pelo Natal.

Espreitem o trailer oficial. Parece ter tudo para ser um grande sucesso.

Um tabuleiro de Damas muito especial

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Desenhamos a quadrícula de um tabuleiro de Damas numa folha, pintamos e colamos num cartão para ficar mais resistente.

Com plasticina moldamos as peças em duas cores diferentes. A plasticina ao ar acaba por endurecer e temos assim as peças para o nosso jogo de Damas.

Fizemos isto cá em casa num dia em que o Francisco não foi à escola por estar doentinho. Nessas alturas é sempre bom dar asas à imaginação e arranjar alguma coisa especial para fazer.

É muito fácil de fazer e como não tem que ficar perfeito para funcionar bem, os miúdos conseguem efectivamente participar na construção e adoram.

Durante algum tempo, jogámos às damas todos os dias. O jogo propriamente dito é bastante simples de jogar e o Francisco adora. Mas acredito que o que ele gosta mesmo muito é do facto de ter sido construído em família. Para além de construirmos um jogo, construímos memórias felizes. Não há nada mais especial. 😉

Ainda hei-de plastificar o tabuleiro, para não se estragar com o tempo.

 

STRANGER THINGS

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Eu e o Bruno, depois de deitarmos os miúdos temos andado a ver uma série que me conseguiu agarrar ao ecrã o que, desde que sou mãe, não é tarefa fácil. Geralmente adormeço no sofá em poucos minutos.

A série chama-se STRANGER THINGS. Passa-se nos anos 80 numa pequena cidade do Indiana nos Estados Unidos.  A banda sonora e todos os adereços e ambientes remetem-nos mesmo para os eighties.

Tudo começa quando um miúdo desaparece misteriosamente. A mãe e os amigos estão dispostos a tudo para o encontrar. Entretanto aparece uma rapariga com capacidades fora do normal e há um laboratório do governo onde algo de muito estranho e secreto se passa.

Há uma criatura monstruosa na história. Se eu soubesse disso inicialmente, nem teria começado a ver o primeiro episódio. Não gosto de filmes com esse tipo de personagens. Acho sempre que são demasiado parvos para merecerem o meu investimento de tempo a vê-los, prefiro-os mais realistas. No entanto,  a relação de amizade entre os personagens mais novos é tão maravilhosa, que para mim o foco são eles e foram eles que me fizeram ficar fã da série. Os pequenos actores são mesmo fantásticos e tenho a sensação de que foram capazes de crescer a cada episódio.

Se ainda não estão convencidos de que vale a pena ver, digo-vos que houve vários momentos que me fizeram lembrar o ET e os Goonies, dois dos filmes com que toda a minha geração vibrou em criança. Não é necessário dizer mais nada, pois não?

Se têm aí em casa miúdos com 12, 13 anos ou mais crescidos, claro, aproveitem para ver em família.

Beijinhos

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Impossible Puzzle! – Bons momentos em família

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O Pai Natal trouxe-nos este puzzle. Nunca tinha feio um puzzle com tantas peças. Não tenho recordações de puzzles na minha infância e nunca os achei especialmente interessantes. Na verdade, até acho que a maioria são um bocado chatos. Este encheu-me as medidas. Cada cabecinha que vêem na imagem é um personagem da Disney. É absolutamente delicioso. Fazer este puzzle em família e ir percebendo e reconhecendo cada personagem tem sido muitíssimo divertido e uma óptima maneira de passarmos bons momentos juntos, sem pressas, descontraídos a rir e a conversar. O Francisco é campeão no reconhecimento dos personagens, não lhe escapa nenhum. O Manuel é campeão a jogar a mão e desmanchar o nosso trabalho, mas andamos tão divertidos que nem nos importamos muito 😉

Tem sido tão bom, tranquilo e amoroso o que tenho vivido com os meus três amores à volta deste puzzle que já ando a pensar qual será o próximo que vamos fazer. Numa busca na net encontrei dois que acho fantásticos. O primeiro é lindo de morrer, é  O Beijo, um quadro do pintor austríaco Gustav Klimt, com o Mickey e a Minie. O outro, que acho hilariante, é a Gioconda do Leonardo da Vince mas com a cara do Donald.

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Não são o máximo? 😀

Vou ali por mais uma peça ou duas e já volto. 😉

Feliz 2017

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O Maria Contarolante  tem 7 meses. Neste tempo percebi que gosto mesmo muito de escrever  este blogue.

Pouco antes do Natal, estava eu numa livraria a comprar presentes quando me apercebi de uma senhora que estava a tentar escolher livros para oferecer aos sobrinhos. Ainda hesitei, mas não tendo nada a perder, com a minha grande lata e um grande sorriso na cara aproximei-me, apresentei-me e dei-lhe algumas sugestões. Ela agradeceu muito, retribuiu o sorriso e aproveitou as minhas sugestões para vários presentes de Natal. Fiquei mesmo muito feliz.

Houve também alguns amigos que seguindo as minhas sugestões, acertaram em cheio nos livros que compraram para os filhos. Os miúdos adoraram e os pais também.

De coração, o que desejo para o Maria Contarolante em 2017 é que cresça feliz e cheio de boas energias e que esse crescimento se reflicta em muitos bons momentos para cada vez mais pessoas.

Estou entusiasmada, feliz e com a cabeça e o coração a fervilhar com ideias novas.

Feliz 2017 a todos 😉

Até breve

Sonho do Pai Natal

http://www.fabulasecontos.com/sonho-do-pai-natal/

 

O Pai Natal sonhou um sonho lindo, tão lindo que não queria acordar. E não queria acordar porque neste ano os Humanos encheram-se de boa vontade e fizeram um acordo de Paz, que silenciou todas as armas. Em todos os cantos do planeta, mesmo nos lugares mais recônditos da Terra, as armas calaram-se para sempre e os carros de combate e outras máquinas de guerra foram entregues às crianças para neles pintarem flores brancas de paz.

O Pai Natal sonhou um sonho lindo, tão lindo que não queria acordar. E não queria acordar porque nesse sonho não havia fome: em todas as casas havia comida, havia até algumas guloseimas para dar aos mais pequenos. Mesmo as crianças de países outrora pobres tinham agora os olhos brilhantes, brilhantes de felicidade. Todas as crianças tinham acabado de tomar um esplêndido pequeno-almoço e preparavam-se para ir para a escola, onde todos aprendiam a difícil tarefa de crescer e ser Homem ou Mulher.

O Pai Natal sonhou um sonho lindo, tão lindo que não queria acordar. E no seu sonho não havia barracas, com água a escorrer pelas paredes e ratos pelo chão, nem gente sem tecto, a dormir ao relento. No sonho do Pai Natal, todos tinham uma casa, um aconchego, para se protegerem do frio e da noite.

O Pai Natal sonhou um sonho lindo, tão lindo que não queria acordar. E no seu sonho não havia instituições para acolher crianças maltratadas e abandonadas pelos pais nem pequeninos e pequeninas à espera de um carinho, de um beijo… de AMOR. Todas as crianças tinham uma família: uma mãe ou um pai ou ambos os pais, todas as crianças tinham um colo à sua espera.

O Pai Natal sonhou um sonho lindo, tão lindo que não queria acordar. E no seu sonho não havia palavrões e outras palavras feias, não havia empurrões, má educação e desentendimentos. Toda a gente se cumprimentava com um sorriso nos lábios. Nas estradas, os automobilistas não circulavam com excesso de velocidade, cumpriam as regras de trânsito e não barafustavam uns com os outros.

O Pai Natal sonhou um sonho lindo, tão lindo que não queria acordar. E no seu sonho não havia animais abandonados pelos seus donos, deixados ao frio, à fome e à chuva,  nem animais espetados e mortos nas arenas, com pessoas a aplaudir.

Mas, afinal, quando despertou verdadeiramente, o Pai Natal viu que tudo não tinha passado de um sonho; que pouco do que sonhara acontecia de verdade. Ficou triste, muito triste, e pensou:

« – Afinal, ainda é preciso que, pelo menos uma vez por ano, se celebre o Natal!».

E, nessa noite, o Pai Natal começou os preparativos para dar, mais uma vez, um pouco de alegria a todas as crianças do Mundo.

Conto adaptado por Vaz Nunes – Ovar
“Diário de Aveiro”, de 2000/12/07

O LOBO MAU E OS 3 PORQUINHOS

by MARIA CONTAROLANTE

Num exercício de escrita criativa, foi-me sugerido pelo David Machado que reescrevesse a história dos 3 porquinhos, mas do ponto de vista do Lobo Mau. Aceitei o desafio e assim, deixo-vos aqui a minha versão deste clássico. As ilustrações foram um devaneio meu porque não queria deixar o lobo sem rosto e este post sem cor. 🙂 Espero que gostem ;).

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Vitória, vitória, acabou-se a história! 😀

Vamos pôr os miúdos a ler

Depois do post triste, assustador e preocupante sobre as dificuldades que os miúdos de hoje têm com a leitura, decidi trazer esperança.

Enquanto pais podemos ajudar muito a evitar o problema. Podemos ler para eles enquanto são mais pequenos e ler com eles enquanto estão a aprender.  Temos que nos certificar que os nosso filhos adquirem a capacidade de ler e interpretar o que lêem e o que ouvem. Vamos lá pôr os miúdos a ler.

ALGUMAS DICAS QUE PODEM AJUDAR:

Leiam para os vossos filhos desde sempre. Não há idade para começar.Lerem juntos é uma forma poderosa para motivar os miúdos a ler pois deste modo, eles farão uma associação positiva entre a leitura e o tempo passado com os pais.

Deixem os vossos filhos mexer em livros. Ensinem-os desde cedo a manuseá-los e se uma ou outra página se rasgar, não é nada que fita cola e um pouco de paciência não resolvam.

Leiam. Os vossos filhos vão imitar. Há uma idade em que imitam tudo. Aproveitem isso e dêem o exemplo.

Conversem sobre os livros. Quando lerem para eles ou com eles, vão observando o seu rosto e os seus olhos. Tentem perceber se eles estão a perceber o que está a ser lido e no final conversem sobre o livro. Deixem os vossos filhos falar sobre o que leram. Se notarem dificuldade, não entrem em pânico, não os assustem nem os critiquem, tenham paciência e não desistam.

Façam de uma visita à biblioteca uma aventura. Há tanto para explorar. E porque não convidarem  alguns amigos dos vossos filhos para irem juntos à biblioteca?  Façam-se sócios e requisitem livros para levar para casa.

Deixem os miúdos escolher os livros que querem ler. São eles que têm que gostar. É esse o objectivo, certo?  É bom que façam sugestões, mas não os forcem a ler o que acham que eles deviam ler.

E porque não um clube do livro com os amigos ou com a turma? Na turma do Francisco, os pais estão a organizar-se nesse sentido. É muito fácil. Cada criança leva um livro para a escola para partilhar com os colegas. Semanalmente os livros rodam até que todos os tenham lido e cada livro volte ao seu dono. Lerem os mesmos livros, conversarem sobre eles e partilharem histórias tornam a leitura mais divertida e aliciante.

Livros sobre factos, com assuntos que lhes interessem, podem ser bons aliados na hora de motivar os que tendem a distrair-se com histórias muito longas.  Não têm que ser histórias, nem têm que ser para ler do início até ao fim. Enciclopédias infantis sobre animais, desporto, arte,  por exemplo, ou  livros sobre factos incríveis, são geralmente muito apreciados.

Leiam em conjunto. Quando os miúdos estiverem a começar a aprender a ler, leiam em conjunto. Interrompam a leitura de vez em quando e deixem os miúdos ler palavras simples. Isto fará com que vão ganhando confiança nas suas capacidades enquanto leitores.

Façam uma visita à feira do livro. Uma bela tarde de Sol, passada numa feira do livro pode ser uma experiência inesquecível. Depois da primeira visita do Francisco à feira do livro de Lisboa, ele começou a fazer um mealheiro para comprar livros no ano seguinte. Cada vez que arranja uma moeda, lá vai ele pôr na caixinha.

Não têm que ser livros. O mundo mudou e hoje gostar de ler não significa necessariamente gostar de ler livros. Há muita coisa boa na internet que os miúdos podem ler, mas atenção, não os deixem à vontade na escolha porque todos sabemos que há também muito lixo.

Oiçam livros. Nas viagens de carro, porque não recorrer a audio-livros para entreter os miúdos? É uma forma excelente de trabalhar a compreensão e interpretação de informação oral.

 

Nos próximos dias vou deixar-vos algumas sugestões de livros muito apreciados cá em casa pelos miúdos. Comprem, requisitem na biblioteca ou peçam ao Pai Natal. Divirtam-se à volta dos livros.

Até breve

 

O que vai mal na Escola em Portugal?

Antes de mais deixem-me que vos diga que não dediquei horas de estudo a esta questão nem andei a ler estudos à procura de uma resposta. Estou a basear-me simplesmente na minha experiência profissional. Esta é apenas a minha opinião e é apenas uma das várias respostas a esta pergunta.

Dou aulas há 16 anos. Tive 5 turmas por ano com uma média de 28 alunos por turma, aproximadamente. Ora isto quer dizer que tive cerca de 2240 alunos.

Já ouviram falar em analfabetismo funcional? Um analfabeto funcional é alguém que apesar de conhecer as letra e as conseguir juntar formando palavras e de conseguir ler frases simples e textos curtos, não desenvolveu a capacidade de interpretar o que lê. Um analfabeto funcional é também alguém que não consegue fazer operações matemáticas simples.

Nos últimos 7 ou 8 anos, a quantidade de alunos que tive com este problema é assustadora. Eu diria que cerca de 50% dos meus alunos nos últimos anos são analfabetos funcionais.

A dificuldade que estes alunos têm na aprendizagem de qualquer disciplina é enorme, mas o problema não acaba aqui. Estes alunos foram crescendo sentido que de ano para ano as matérias são mais difíceis e cada vez conseguem perceber menos do que está a ser leccionado nas aulas. A vergonha e a frustração de não se sentirem capazes instala-se. A desmotivação é enorme.

É como chegarmos à China e toda a gente falar connosco em Chinês exigindo que nós entendamos e respondamos e não podemos pura e simplesmente virar costas, entrar no avião e voltar para casa. Temos que lá ficar vários anos, dia após dia.

É bem mais fácil para estes alunos desligar e nem sequer ouvir o que está a ser dito, conversar com os colegas e pensar noutras coisas do que continuar a esforçar-se para perceber o que o professor está a dizer. Continuar esse esforço é demasiado cansativo e frustrante. Desligar a atenção da aula, pode ser divertido. Daí até se tornarem os rebeldes, os mal comportados, os rufias vai uma curta distância. Não só é menos frustrante como é bem aceite pelos colegas e ao nível da auto-estima, é bem melhor chumbar ano após ano por ter um comportamento desajustado do que por não ser capaz de aprender. Se o motivo do insucesso for o mau comportamento, o aluno está no controlo da situação, é ele que escolhe comportar-se mal e isso fá-lo sentir-se melhor do que na situação de não ser capaz de ter sucesso independentemente dos esforços que faça.

Porque é que isto acontece não sei explicar. Talvez algum colega com experiência no pré-escolar ou no 1º ciclo consiga dar resposta a esta questão. O que eu sei é que é assim que muitos alunos chegam ao 7º ano e que por isso não aprendem e devido ao seu comportamento, impedem os outros de aprender.

É triste. É muito triste e também muito assustador pensar no futuro do nosso país.

😦

 

SETEMBRO

Adoro o mês de Setembro. É mês de começos e recomeços, é mês de mudanças e esperanças, é mês de novos projectos e de novas energias para projectos antigos. É mais ou menos como Janeiro, mas sem frio e chuva 😉

Estou entusiasmada e feliz  neste SETEMBRO. Tenho o coração pleno de alegria e de gratidão e a mente focada no que quero ser e fazer. Vou fazer deste SETEMBRO o início de tempos vibrantes de crescimento e amor.

😀 Juntem-se a mim 😉

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